sábado, 20 de setembro de 2008

KUAN YIN - A Deusa da Compaixão e Misericórdia


A Salvadora Compassiva


Kuan Yin é a Salvadora Compassiva do Leste. Por todo o Oriente altares dedicados a esta Mãe da Misericórdia podem ser achados em templos, casas e grutas nos caminhos. Orações à Presença dela e à sua Chama estão incessantemente nos lábios dos devotos à medida que buscam orientação e socorro em todas as áreas da vida.
Muito presente na cultura oriental, Kuan Yin tem despertado interesse em seu caminho e ensinamento entre um número crescente de devotos ocidentais, que reconhecem a poderosa presença da "Deusa da Misericórdia", junto com a da Virgem Maria, como iluminadora e intercessora da Sétima Era de Aquário.
A longa história de devoção a Kuan Yin mostra-nos o caráter e o exemplo desta Portadora de Luz que não somente dedicou sua vida a seus amigos, mas sempre assumiu o papel de intercessora e redentora.


Durante séculos, Kuan Yin simbolizou o grande ideal do Budismo Mahayana em seu papel de bodhisattva (chinês p'u-sa), literalmente, "um ser de bodhi, ou iluminação", destinado a se tornar um Buda, mas que renunciou ao êxtase do nirvana, como um voto para salvar todas as crianças de Deus.
O nome Kuan Shih Yin, como é freqüentemente chamada, significa literalmente "aquela que considera, vigia e ouve as lamentações do mundo".

Segundo a lenda, Kuan Yin estava para entrar no céu, porém parou no limiar ao ouvir os gritos do mundo.
Existe ainda muito debate acadêmico relativo à origem da devoção à bodhisattva feminina Kuan Yin. Ela é considerada a forma feminina de Avalokitesvara, bodhisattva da misericórdia do Budismo indiano, cuja adoração foi introduzida na China no terceiro século.
Estudiosos acreditam que o monge budista e tradutor Kumarajiva foi o primeiro a se referir à forma feminina de Kuan Yin, em sua tradução chinesa do Sutra do Lótus, em 406 A.C..

Dos trinta e três aparecimentos do bodhisattva mencionados em sua tradução, sete são femininos. (Devotos chineses e budistas japoneses desde então associaram o número trinta e três a Kuan Yin.)
Embora Kuan Yin tenha sido retratada como um homem até o século X, com a introdução do Budismo Tântrico na China no século oitavo, durante a dinastia T'ang, a imagem da celestial bodhisattva como uma bela deusa vestida de branco era predominante e o culto devocional a ela cresceu em popularidade. No século nono havia uma estátua de Kuan Yin em cada monastério budista da China.
Apesar da controvérsia acerca das origens de Kuan Yin como um ser feminino, a representação de um bodhisattva, ora como deus, ora como deusa, não é inconsistente com a doutrina budista. As escrituras explicam que um bodhisattva tem o poder de encarnar em qualquer forma - macho, fêmea, criança e até animal - dependendo da espécie de ser que ele procura salvar. Como relata o Sutra do Lótus, a bodhisattva Kuan Shih Yin, "pelo recurso de uma variedade de formas, viaja pelo mundo, conclamando os seres à salvação". *
Pela lenda do século XII , do santo budista Miao Shan, a princesa chinesa que viveu em aproximadamente 700 A.C. e que se acredita tenha sido Kuan Yin, reforça a imagem da bodhisattva feminina. Durante o século XII monges budistas estabeleceram-se em P'u-t'o Shan – a ilha-montanha sagrada no Arquipélago de Chusan, ao largo da costa de Chekiang, onde se acredita tenha Miao Shan vivido por nove anos, curando e salvando marinheiros de naufrágios - e a devoção a Kuan Yin espalhou-se ao longo do norte da China.
Essa ilha pitoresca tornou-se o centro principal de adoração à Salvadora misericordiosa; multidões de peregrinos viajavam dos mais remotos cantos da China e até mesmo da Manchúria, Mongólia e Tibet para assistir ali às cerimônias religiosas. Houve época em que havia mais de cem templos na ilha e mais de mil monges. As tradições narram inúmeras aparições e milagres de Kuan Yin na ilha, sendo relatado que ela aparecia aos fiéis em uma certa gruta local.
Na seita "Terra Pura" do Budismo, Kuan Yin faz parte de uma tríade governante que é representada freqüentemente em templos e é um tema popular na arte budista. Nessas pinturas o Buda da Luz Ilimitada – Amitabha (chinês A-mi-t'o Fo e japonês Amida) está no centro; à sua direita está o Bodhisattva da força ou poder, Mahasthamaprapta ,e à sua esquerda está Kuan Yin, personificando a misericórdia infinita.

*Texto estraído do site http://www.caminhosdeluz.org.br/

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