domingo, 12 de julho de 2009

O TAO É A ESPONTANEIDADE NATURAL


O Tao é a espontaneidade natural
O conceito de Tao é algo que só pode ser apreendido por intuição. É algo muito simples, mas não pode ser explicado. É o que existe e o que inexiste. Só que nós temos demasiados conceitos dentro da cabeça para o entender como um todo uno.
O Tao é o Caminho da espontaneidade natural. É o que produz todas as coisas que existem. O Te 德 (a Virtude) é o modo de caminhar espontâneo que dá às coisas a sua perfeição.
O Tao não transcende o mundo; o Tao é a totalidade da espontaneidade ou «naturalidade» de todas as coisas. Cada coisa é simplesmente o que é e faz. Por isso, o Tao não faz nada; não precisa de o fazer para que tudo o que deve ser feito seja feito. Mas, ao mesmo tempo, tudo que cada coisa é e faz espontaneamente é o Tao. Por isso, o Tao «faz tudo ao fazer nada».
O Tao produz as coisas e é o Te que as sustenta. As coisas surgem espontaneamente e agem espontaneamente. Cada coisa tem o seu modo espontâneo e natural de ser. E todas as coisas são felizes desde que evoluam de acordo com a sua natureza. São as modificações nas suas naturezas que causam a dor e o sofrimento.
O modo de caminhar taoista
Se entendermos bem a natureza das coisas e conseguirmos esquecer tudo o que aprendemos que tenta ir contra ela, conseguimos fazer tudo o que é possível, com o mínimo esforço. Porque acabamos por deixar as coisas seguirem o seu curso natural. Não fazemos nada (claramente por nossa vontade própria) mas nada fica por fazer.
Na busca do conhecimento, todos os dias algo é adquirido,Na busca do Tao, todos os dias algo é deixado para trás.E cada vez menos é feitoaté se atingir a perfeita não-ação.Quando nada é feito, nada fica por fazer.Domina-se o mundo deixando as coisas seguirem o seu curso.E não interferindo.Tao Te Ching 道德經 (Cap.48) - O Livro do Caminho e da sua Virtude
Devemos agir de acordo com a nossa vontade apenas dentro dos limites da nossa natureza e sem tentar fazer o que vai para além dela. Devemos usar o que é naturalmente útil e fazer o que espontaneamente podemos fazer sem interferir na nossa natureza. E não tentar fazer aquilo que não podemos fazer ou tentar saber aquilo que não podemos saber. A felicidade é essa "não-ação" perfeita (wu w e 無為 ).
Para conseguirmos entender o curso natural das coisas e seguirmos o Caminho temos que conseguir desaprender muitos conceitos. Para os podermos desaprender é preciso que antes os tenhamos aprendido. Mas temos que passar a um estado muito parecido com o estado inicial em que estavamos antes de o termos aprendido.
Se abrirmos os olhos de repente, há um brevíssimo momento durante o qual o nosso cérebro ainda não analisou o que está a ver. Ainda não distinguiu as cores e as formas nem descodificou o que se está a passar à nossa frente. Os taoistas procuram viver o mais perto possível desse estado. É uma renúncia à análise, sempre imperfeita, da realidade.
Trinta raios convergem para o meio de uma rodaMas é o buraco em que vai entrar o eixo que a torna útil.
Molda-se o barro para fazer um vaso;É o espaço dentro dele que o torna útil.

Faz-se portas e janelas para um quarto; São os buracos que o tornam útil.
Por isso, a vantagem do que está lá. assenta exclusivamente na utilidade do que lá não está.
Tao Te Ching 道德經 (Cap.11)
*Fonte: Internet site http://pt.wikipedia.org

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