O TEMPO, O AQUI E O AGORA
Por Celeste (Antares)
Meus amados conectores da Luz,
Vamos conversar sobre assunto tão importante: o Aqui e o Agora.
"Predestinados à viverem dentro de um contexto temporal para edificarem as suas almas diante dos seus carmas, para elevarem as suas consciências dentro dos sacramentos da Luz, a Criação preparou-lhes um veículo carnal adequado para transitarem pelo plano da Terra, dimensionada por 3 planos primários que lhe conferiu a característica tridimensional, onde seres capacitados para a habitarem vieram desenvolver suas prioridades conscienciais, repartindo com as tantas outras manifestações da Criação, o tempo de movimento sobre este plano, tempo este predeterminado pelos acordos existenciais.
Iremos nesta conversa, enfocar os seres humanos dentro da visão evolutivo-consciencial.
Todas aprenderam a viver em condições da materialidade, e isto é uma realidade palpável para vocês.
Para transitarem pelos campos da Terra, precisavam de uma conexão progressiva entre os eventos que vivenciavam, e assim iniciou-se o processo de associação destes com os fenômenos naturais, com os ciclos observados pacientemente na natureza, ciclos lunares, que se repetiam em seqüências ordinárias, os amanheceres e pores-de-sol.
Assim se prepararam para a contagem do tempo que antes se mostrava sob uma ótica simples de ininterruptos ciclos naturais.
Observavam que estes ciclos causavam transformações em seus corpos e na natureza ao seu redor, que seus corpos se tornavam esguios mas se curvavam com o passar dos muitos subir e descer do sol pelo céu; se depararam com a correlação entre a passagem dos ciclos e o envelhecimento; se viram diante do inevitável cessar da vida carnal.
Pôde-se então determinar uma relação entre as vezes que estes fenômenos se repetiam e os efeitos visíveis no seu próprio mundo, projetado em ciclos contínuos, reforçando a ação seqüencial destes sobre a realidade vivida.
Apenas o poder destes ciclos de alterar, de determinar transformações no mundo material, é que permitiu o despertar para o tempo como uma presença contínua, capaz de orientar as criaturas em seus projetos existenciais.
Cabe ressaltar que o tempo vem a ser um instrumento de adaptação das criaturas em suas realidades. Tem a função de levar ciência das transformações próprias à sua passagem e do viver dentro de uma expectativa de limite para as ações e vida neste plano.
Uma vez submetida à ação inevitável do tempo, a criatura vê-se diante de conflitos internos que a colocam sob graus variáveis de resistência para unir-se ao tempo como um poderoso instrumento impulsionador da ação, como uma presença capaz de redimensionar as suas prioridades existenciais.
O ser preso às paixões egóicas de sua mente, se sente sob constante ameaça do tempo, posto que este o coloca diante de evidências incontestáveis sobre a transitoriedade e a impermanência de tudo o que vibra neste plano.
O caminho do Eu só pode ser trilhado plenamente, quando a criatura desenvolve a consciência de que o tempo é recurso precioso de sedimentação das transformações internas que sabem estar “rejuvenescendo” os seus campos áuricos, tornando-os mais coloridos e cristalinos.
O Tempo vem assim sedimentar neste plano os avanços da alma sobre os seus projetos evolutivos, proporcionando uma seqüência de eventos que possui um referencial mental, que organiza, analisa e processa o que foi vivido, dentro da realidade cartesiana pela qual são orientados.
Mas há o que pode ser chamado de “característica pessoal de relacionamento com o tempo”, com o seu movimento pendular inabalável, que impõe às criaturas seu ritmo próprio, para que elas caminhem, sem manipulações, pelo seu viver cármico, por suas programações existenciais.
Perante este “amigo das almas” que estão em processo de evolução neste planeta, não há argumento que faça o tempo “esperar pelos sedentários da existência”, ou que o faça acelerar para que os momentos de dor e sofrimento passem mais rapidamente.
Vocês vivem a sua realidade pessoal dentro de parâmetros temporais que se manifestam de forma equivalente para todos, mas cada ser o percebe e o experiencia de modo extremamente individual, bem como usufrui destes poderoso instrumento de evolução muito particularmente.
Este relacionamento com o tempo – referencial do caminho percorrido – deve ser empreendedor para alma, e tanto maior o será quanto maior for a sua capacidade de estar conscientemente ligado à cada vivência, se encontrando sintonizada, unida de modo quântico a cada momento presente de sua atribulada passagem pelos campos da Terra.
A mente, devido a sua orientação egóica, é dividida pelos seus desejos e medos, e fixada em suas expectativas de realizar os seus projetos, recheados de exigências que consagrem o seu pseudo-poder.
A Consciência é unificada pela orientação do Eu Divino, é desprovida de formatações existenciais, é Luz em expansão, presente e conectada atemporalmente com a realidade vivida pela criatura.
O momento evolutivo no qual vocês estão dimensionalmente conectados, os coloca na área de transição entre o controle mental de suas vidas e a expansão dos atributos de suas consciências.
Evoluir traduz abandonar progressivamente os apelos do ego não Luz e deixar que reluzam as elevadas ordens da Consciência em contínua expansão.
Entenda-se por “elevadas ordens da Consciência”, os atributos da Verdade, da ação pelo Verbo criador, e do Poder real, que une o Amor às demais ordens.
O tempo é mental; o momento existencial vivido pela consciência, é atemporal.
No viver dentro da dualidade, vocês classificam experiências em boas e más, desejos em possíveis e impossíveis, reforçando sempre o dualismo mental do “ser ou não ser”.
Temporal e atemporal; permanência e impermanência, são referenciais da dualidade própria da mente humana.
O Tempo é instrumento orientador desta realidade experimental;
A consciência é expansão eterna de Luz e está consagrada dentro da manifestação atemporal da Criação.
São conceitos que os auxiliam na compreensão do tempo como uma ferramenta de suporte para o viver no plano denso da matéria, porém ele não é um referencial do ponto de vista do Universo.
Dentro dos parâmetros universais, a existência é consagrada pela consciência atemporal, que traz em si a Divina Essência, onipresente, onisciente e onipotente.
Não desejo confundi-los, mas sedimentar certos conceitos em suas mentes para que, a partir deles, comecem a compreender, de uma forma menos concreta e mais abstrata, o tempo e suas conexões com a existência atemporal da consciência.
Estes conceitos são referenciais capazes de prepará-los para o sentido ampliado do Presente, comumente vivenciado dentro dos padrões temporais e analíticos da mente, que divide os acontecimentos em passados, presentes e futuros.
Dentro das percepções humanas, há um sentido que deve ser “reativado”: o do Momento Presente, o do Aqui e do Agora, que selam a existência neste plano no centramento em cada vivência, unindo-a à existência atemporal pelo referencial das leis universais, onde o “ser” é o princípio único da Consciência, que não se altera pelo “estar”, praticado na realidade temporal-mental da vida carnal.
O Aqui e o Agora representam a existência terrena tocada pelo ponto de vista da Luz, posto que lhe devolve a percepção do Todo que está contido no “ser” a própria existência, resgatando assim a integração da alma com a sua verdadeira essência, sintonizando-a com a rede cósmica de energia pura, cristalina, permitindo a ativação de níveis conscienciais ainda adormecidos.
Ter conhecimento de que é preciso centrar-se nas vivências para trazer a mente para o momento presente, é no entanto muito pouco para vivenciar realmente este centramento.
É preciso exercitar esta capacidade natural da consciência e tão problemática para ser vivenciada pelos padrões da mente.
O primeiro passo é o trabalho perseverante de focalização em coisas simples, como sentar-se à mesa e degustar um belo prato de sua preferência. Vivencie este momento acionando todos os seus sentidos para perceberem o aroma, as cores, as diversas texturas, a temperatura, o paladar... é exercício similar ao da xícara de chá.
A concentração vai permitir-lhes despertar para uma série de sensações que antes não eram sequer conjecturadas. Verão um mundo novo de percepções ser revelado por conta da focalização nos sentidos, agora estimulados de modo consciente.
Desta forma poderão ampliar os seus sistemas proprioceptivos, e progressivamente ativarão o poder inato de expansão da consciência, que é a razão suporte da Nova Era de Luz.
Estar pleno no Aqui e no Agora une-os à existência atemporal da consciência.
Pratiquem estes exercícios simples, e comecem a levar estas experiências para outros âmbitos da sua realidade.
Experimentem o prazer de respirar conscientes a energia prânica que ativa os seus centros ckákricos; percebam a integração da energia com os seus corpos, e liberem o ar conscientes da troca que foi realizada neste ato praticado sem qualquer sustento da inteligência ou de qualquer outro tipo de comando mental.
São práticas capazes de desenvolver o sentido pleno do momento único, e conseqüentemente conectá-los com o momento presente de modo a viverem não mais presos à duração seqüencial dos eventos, mas integrados ao evento pelo desfrute dos sentidos que adicionam dados antes perdidos pela desconexão sensorial, onde a mente executa as tarefas pelo automatismo, por comportamentos padronizados enquanto jorram pensamentos em cadeia, roubando a atenção, a concentração no que se está vivenciando no momento presente da criatura.
Mais uma vez venho dizer-lhes que este é um processo de experimentação contínua, que requer suporte da assiduidade do contato com o momento, com o Aqui e o Agora existenciais.
Com todos os seus sentidos em ação, descobrirão a capacidade, o Poder que possuem com o trabalho conjuntos dos seus centros cerebrais.
O cérebro humano foi “treinado” para cada sentido trabalhar em dicotomia, desconectados uns dos outros, mas o seu potencial é associativo, é de integração entre os vários centros sensoriais.
Porém, vivendo sob as leis da mente, é difícil captar de modo consciente as tantas informações que recebem do meio por todos os sentidos.
Dificilmente perceberão a música de uma ópera com a mesma intensidade que observam o cenário, os artistas em suas interpretações, porque há tendência a priorizar um sentido em função do que lhes é mais prazeroso, que lhes desperta maior afinidade.
A experiência do momento presente proporciona a abertura destes canais de percepção de forma harmônica e em equivalência com as diversas sensações que as vivências produzem em seu ser. Reflitam sobre isso.
Espero ter alcançado o meu objetivo de ajudá-los na compreensão deste assunto tão instigante para as suas mentes.
É preciso redimensionar o tempo diante dos estados atemporais da consciência. Este é um caminho libertador, capaz de conectá-los ao verdadeiro Poder que os sustenta no tempo vivido neste plano de densidade elevada."
Que o divino soberano Amor os envolva e o Raio Cobre possa vibrar nos seus caminhos de vida, adicionando a sua energia de cura e de reequilíbrio anímico aos passos que somam neste planeta pela evolução de suas almas,
Celeste
*Mensagem transmitida à Claudia Ellen Denecke em 20.11.2009
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